quarta-feira, maio 10, 2006

A "pulizteriana" da moda




Para ser sincera, não conheço muito o trabalho de Robin Givnhan. Aliás, nunca li sequer algumas de suas matérias. Portanto, para começo de conversa, nada melhor do que fazer uma breve pesquisa pelo google. Assim sendo, descobri que a jornalista está a 11 anos no Washington Post – atualmente com o cargo de editora de Moda –, com passagem São Francisco Chronicle, Herald Tribune, Town&Country e Vogue.

Mas, afinal, o que me levou a escrever sobre ela? Eis o motivo: recentemente, Givnhan ganhou o famoso prêmio Pulizter – para que não sabe, o equivalente ao Oscar do jornalismo americano –, na categoria Crítica, pela excelência do seu texto, "em ensaios que transformam a crítica de moda em análise cultural", segundo anunciou o júri do evento.

Vale lembrar que em 89 anos de existência, desde a sua criação, em 1917, o Pulitzer teve como tradição galardoar trabalhos produzidos no meio cinematográfico ou teatral. E quebrando este tabu, em 2006, Givnhan entrou para a história como a primeira "pulizteriana" representante da moda.

Como já disse, não sou ninguém para avaliar o trabalho de Givnhan, mas quero ressaltar que moda é comportamento. Parece clichê, mas comportamento é simplesmente o foco de estudo da sociologia e de todas as demais ciências humanas. Além disso, moda é arte também, portanto nada mais pertinente do que agraciar a jornalista do Washington Post. Essa conquista deve ser motivo de orgulho para todos os envolvimentos no fashion business, já que a sociedade começa a tratar o assunto de maneira séria e não apenas como fato banal e com aspecto fútil.

Um comentário:

Trevas disse...

Acrescentando mais um clichê ao mundo da moda: moda é atitude! Não sou fã do mundinho fashion, com suas modelos esqualidas e estilistas histéricos, mas a verdade é que na forma como nos vestimos ou, no meu caso as cores que escolhemos, revelam sim um pouco de quem somos. Mas para isso é preciso personalidade.