"Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. "
Assim Mario Quinta iniciou, certa vez, uma autodescrição. A discriçao fez parte da vida desse poeta, que sempre acreditou que SER era mais importante do que qualquer coisa e que não buscou a fama, o luxo ou o dinheiro nessa vida. Buscou a expressão mais verdadeira do sentido dessa nossa vida tão sem rumo e perspectiva. O poeta maior do Rio Grande do Sul comemoraria em julho deste ano 100 anos de pura dedicação aos seus poemas, cigarros e paixões por musas inspiradoras. Uma singela homenagem desse blog, que ama poesia sem rimas, mas feitas com inteligência e coração.
Os degraus
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...
2 comentários:
São demais os mistérios dessa vida!
Descobri que quando a gente adivinha uma resposta, a vida vai lá e muda a ordem das perguntas ou inventa outras, só pra sacanear. Vida dura, viu?
mário? mas que mário?
mário era um véio desses que eu, sinceramente, queria ser nessa vida. fora o hábito de não tomar banho e o de fumar. se me mandarem escolher qual o MAIOR POETA da história, é o mário...
mas que mário?
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