Eu não sei vocês, mas eu acho muito engraçado essas pessoas que gostam de interagir sem prpósito nenhum com completos desconhecidos. Não que eu tenha alguma coisa contra essa comunicação casual, mas é que na maioria das vezes a falta de sentido e o absurdo da situação são tamanhos que a pessoa acaba passando por louca. E inconveniente, muitas vezes.
Esses dias eu estava no supermercado no corredor dos chocolates. Íamos fazer uma sessão Sex and the City na casa de um amigo, e eu fiquei incumbida de levar a sobremesa. Enquanto me concentrava nos diferentes tipos e marcas de chocolates que lotavam as prateleiras, tentando decidir qual seria a melhor pedida, um senhor se parou do meu lado. Devia ter a idade do meu pai, talvez mais.
- Doutora, essa loja não quer que a gente compre chocolate...
- Hã?!?
- Olha os preços disso aqui?
- É pois é... caro, né?
- Pra senhora ter uma idéia, esta barra está R$4.59, mas lá no outro supermercado está R$ 3,89. Já essa aqui de R$ 3,20, nas Americanas encontramos por R$2,90. DOIS E NOVENTA, doutora.
Eu fico um pouco braba de ser chamada de senhora. Uma criança já me irrita, agora, uma pessoa que tem idade pra ser meu pai? Mas dei um desconto, uma vez que, na cabeça dele, eu era uma doutora. E doutoras devem ser chamadas de senhoras em sinal de respeito, não importa o quão jovens sejam. Uma bela baboseira em que as pessoas acreditam, mas tudo bem.
Agora, o que me intrigou não foi isso. Que diabos ele viu na minha aparência que o fez acreditar que eu era doutora de qualquer coisa. Primeiramente, eu vou trabalhar feito uma mendiga, quem me conhece sabe como me visto no dia-a-dia: calça de suplex surrada, tênis furado, camiseta que mais parece uma peneira de tão usada e lavada que já foi. Não estava de jaleco e nem nada parecido. Não tinha um estetoscópio pendurado no percoço. O único adereço que eu tinha era o crachá do hospital. Só se ele acha que todo mundo que trabalha em hospital seja doutor. Talvez seja isso.
Enfim, sei que fiquei ali por mais alguns minutos, ouvindo atentamente a diferença de preço de cada um dos itens do corredor em relação à outros locais de venda. Até que ele desistiu de tentar me convencer de que comprar chocolate ali, naquele supermercado, era burrice, se despediu e foi embora.
- Então tchau, doutora. Um Feliz Natal pra senhora.
Ufa! Antes que mais alguém se parasse do meu lado e começasse a monologar sobre qualquer coisa, peguei a primeira barra que eu vi na minha frente e saí correndo pro caixa. Já estava atrasada para ir pra casa do meu amigo. E durante todo o trajeto eu só conseguia pensar em como tem gente louca neste mundo.
Esses dias eu estava no supermercado no corredor dos chocolates. Íamos fazer uma sessão Sex and the City na casa de um amigo, e eu fiquei incumbida de levar a sobremesa. Enquanto me concentrava nos diferentes tipos e marcas de chocolates que lotavam as prateleiras, tentando decidir qual seria a melhor pedida, um senhor se parou do meu lado. Devia ter a idade do meu pai, talvez mais.
- Doutora, essa loja não quer que a gente compre chocolate...
- Hã?!?
- Olha os preços disso aqui?
- É pois é... caro, né?
- Pra senhora ter uma idéia, esta barra está R$4.59, mas lá no outro supermercado está R$ 3,89. Já essa aqui de R$ 3,20, nas Americanas encontramos por R$2,90. DOIS E NOVENTA, doutora.
Eu fico um pouco braba de ser chamada de senhora. Uma criança já me irrita, agora, uma pessoa que tem idade pra ser meu pai? Mas dei um desconto, uma vez que, na cabeça dele, eu era uma doutora. E doutoras devem ser chamadas de senhoras em sinal de respeito, não importa o quão jovens sejam. Uma bela baboseira em que as pessoas acreditam, mas tudo bem.
Agora, o que me intrigou não foi isso. Que diabos ele viu na minha aparência que o fez acreditar que eu era doutora de qualquer coisa. Primeiramente, eu vou trabalhar feito uma mendiga, quem me conhece sabe como me visto no dia-a-dia: calça de suplex surrada, tênis furado, camiseta que mais parece uma peneira de tão usada e lavada que já foi. Não estava de jaleco e nem nada parecido. Não tinha um estetoscópio pendurado no percoço. O único adereço que eu tinha era o crachá do hospital. Só se ele acha que todo mundo que trabalha em hospital seja doutor. Talvez seja isso.
Enfim, sei que fiquei ali por mais alguns minutos, ouvindo atentamente a diferença de preço de cada um dos itens do corredor em relação à outros locais de venda. Até que ele desistiu de tentar me convencer de que comprar chocolate ali, naquele supermercado, era burrice, se despediu e foi embora.
- Então tchau, doutora. Um Feliz Natal pra senhora.
Ufa! Antes que mais alguém se parasse do meu lado e começasse a monologar sobre qualquer coisa, peguei a primeira barra que eu vi na minha frente e saí correndo pro caixa. Já estava atrasada para ir pra casa do meu amigo. E durante todo o trajeto eu só conseguia pensar em como tem gente louca neste mundo.
2 comentários:
Que coisa, doutora!
Hahaha! E comigo, que motorista do carro ao lado puxa conversa enquanto o sinal não fica verde... Tem cada um doutora ;p
Legal o Blog.
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