sexta-feira, julho 07, 2006

Abismo



“Não é o grito
A medida do abismo?
Por isso eu grito
Sempre que cismo
Sobre tua vida
Tão louca e errada...
- Que grito inútil!
- Que imenso nada!”
Vinicius de Moraes

Mas pelo menos hoje eu vou viajar. Sair do mesmo lugar. É pertinho, logo ali. Volto daqui a pouco. Porém nesse meio tempo, vou aproveitar. Colocar o som no CD, talvez Mano Chao seja o clandestino dessa minha breve trip. Vou abaixar o vidro da janela, colocar a cabeça um pouco para fora e deixar que o vento brinque com meus cabelos. Gele meu rosto e faça com que eu tenha que levantar a gola da jaqueta.
Ficarei olhando para o infinito, vendo o sol de pôr em tons de amarelo, laranja e rosa e deixar o pensamento correr livremente. Não quero pensar em nada, só descansar. Menos preocupada com o destino e sim com o caminho. Vou me recostar no banco, esfregar uma mão na outra, encolher os ombros e começar a marcar com o pé o ritmo da canção que estiver no radinho. Nada melhor do sair do ar por uns tempos.

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